LAGARTA INÉDITA CAUSA PREJUÍZOS BILIONÁRIOS NA BAHIA
A Embrapa Cerrados, situada em Planaltina/DF, confirmou como sendo uma espécie exótica a lagarta que provocou estragos milionários nas lavouras de soja, milho e algodão na Bahia e está dando uma rasteira também em produtores do Distrito Federal, Mato Grosso e Paraná. Embora inicialmente se suspeitasse que o inimigo fosse a espécie Helicoverpa zea, mais conhecida como lagarta da espiga de milho, o biólogo Alexandre Specht descobriu que se tratava de outra lagarta, a Helicoverpa armigera, que até então não havia sido identificada em nenhum país das Américas.
O inseto não mede mais do que quatro centímetros de comprimento, mas tem um devastador poder de multiplicar na lavoura. Produtores relataram a presença da praga em outros estados, mas os pesquisadores ainda não fizeram a identificação da espécie. A praga só era encontrada em países como Austrália, Portugal, Grécia, China e Índia. Ainda não se sabe como chegou ao Brasil. Os produtores tentaram combatê-la com inseticidas registrados no país, mas não houve resultado.
No começo de abril, o Ministério da Agricultura autorizou a importação em caráter emergencial de um produto chamado benzoato de emamectina, que deve começar a ser aplicado este mês nas lavouras de algodão da Bahia. Enquanto estudam uma maneira mais eficiente de acabar com a lagarta, os pesquisadores recomendam que o produtor não tenha na propriedade a mesma espécie de planta em várias estágios de desenvolvimento. Esse método, conhecido como escalonamento de plantio, faz com que a lagarta tenha sempre o que comer e assim se multiplique.
fonte: SINDAG - Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola.